sábado, 1 de outubro de 2011

28° Domingo Comum - Ano A

Refletindo o Evangelho do Domingo
Pe. Thomaz Hughes, SVD
Vigésimo Oitavo Domingo Comum - Ano A  
Mt 22, 1-14
“Muitos são chamados, e poucos são escolhidos”

Oração do dia
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho (Mt 22,1-14 ou 1-10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 22,1 Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas:
2 "O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho.
3 Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir.
4 Enviou outros ainda, dizendo-lhes: 'Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas!'
5 Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio.
6 Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram.
7 O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade.
8 Disse depois a seus servos: 'O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos.
9 Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes'.
10 Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados.
11 O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial.
12 Perguntou-lhe: 'Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial?' O homem não proferiu palavra alguma.
13 Disse então o rei aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes'".
14 Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

Hoje refletimos sobre a terceira parábola de uma trilogia sobre a rejeição ou a aceitação do convite ao Reino de Deus e às suas obras - a dos dois filhos (21, 28-32), da vinha (21, 33-44) e a de hoje - as bodas (22,1-14). Mais uma vez, as palavras de Jesus se dirigem aos chefes dos sacerdotes e anciãos - ou seja, aos que dominavam o sistema religioso vigente que oprimia o povo de Israel.
A imagem usada é de uma festa oriental de casamento - do filho de um rei. Mas, no texto de hoje a ênfase não cai no filho, mas na atitude dos convidados. Cumpre lembrar que muitas vezes, na Bíblia, a festa de bodas é símbolo da união alegre e definitiva de Deus como o seu povo. Os convidados que não dão valor ao convite são aqueles que se apegam ao sistema opressor para defender os seus próprios privilégios, e assim rejeitam a mensagem libertadora da “justiça do Reino” de Jesus, mesmo que isso implicasse no assassinato de profetas.
O versículo 7 é provavelmente um acréscimo feito depois da destruição de Jerusalém pelos Romanos no ano 70 d.C. quando a parábola teria recebido a sua forma definitiva. O texto correspondente de Lucas não traz esse detalhe.
O Novo Povo de Deus será aberto a todos que foram marginalizados pelo sistema antigo, dominado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Esse é o significado de ir às encruzilhadas dos caminhos, onde se conglomeravam os marginalizados e rejeitados. Todos são convidados para o banquete do Reino - bons e maus. Assim o texto enfatiza a misericórdia de Deus que congrega na sua comunidade não somente os “bons”, mas também os pecadores.
De novo o texto nos traz uma advertência contra a complacência - quem não tem o traje de festa será expulso da festa messiânica. Esse traje é o da “justiça”, tema tão caro a Mateus. Não basta ser convidado - temos que responder com as obras da justiça do Reino. O convite é universal, mas exigente - urge a conversão de todos. Como os antigos chefes perderam o seu lugar no banquete do Reino, nós também poderemos sofrer o mesmo destino, se não procurarmos vivenciar os valores do Reino, com as suas obras de justiça e solidariedade. O último versículo, “porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”, nos adverte que muitos são chamados, mas que nem todos perseveram, e assim perdem o seu lugar.

Salmo Responsorial 22/23

Na casa do Senhor habitarei eternamente.

O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha
e restaura as minhas forças.

Na casa do Senhor habitarei eternamente.

Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei;
estais comigo com bastão e com cajado:
eles me dão a segurança!

Na casa do Senhor habitarei eternamente.

Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo,
e com óleo vós ungis minha cabeça;
o meu cálice transborda.

Na casa do Senhor habitarei eternamente.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei
pelos tempos infinitos.

Na casa do Senhor habitarei eternamente.



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